sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Fé remove montanhas e a perseverança e devoção, a descrença


Existem datas que marcam para sempre a vida das pessoas, principalmente quando elas traduzem a consolidação de um marco consubstancial de perseverança e fé. Esta em maior intensidade que aquela, uma vez que confirma com todas as letras “se tiveres fé do tamanho do grão de uma mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e ele há de passar; e nada vos será impossível”. (Mt 17, 17-20)

Há um pouco mais de 20 anos o saudoso Professor Valdecir Reggiani – cuja fé no Altíssimo era inabalável e sua Devoção por Nossa Senhora, a maior que alguém pode ter – cujas primeiras manifestações se deram quando contava com apenas 10 anos de idade e nunca a abandonou - conclamou os fiéis a prestarem culto à Nossa Mãe Santíssima, no Bosque em frente ao Colégio Estadual “Dr. Romário Martins” – EM, do qual era Diretor. Afirmava com todas as letras e força de sua fé que vira Nossa Senhora, em um momento de oração que sempre fazia naquele local.

Desde então começaram as peregrinações, sob a liderança do nosso Filho Predileto de Nossa Senhora, em Cruzeiro do Sul, e seus companheiros da Legião de Maria. E a cada dia crescia o número de fieis na visitação ao Bosque, extrapolando, inclusive, os limites do nosso Estado do Paraná, principalmente nos dias 13 de cada mês, quando o número de caravanas aumentava a cada mês.

Essa manifestação espontânea dos seguidores e devotos de Nossa Senhora – como acontece sempre - gerou polêmica com o pároco local que não via com bons olhos esse trabalho, segundo ele, exclusivo dos seguidores e fieis a Nossa Senhora. Isso fez com que muitos acreditassem ser uma “alucinação de um visionário devoto”, com um poder de congregar outros devotos para sua causa. Todas essas posturas, porém, não abalaram a perseverança, muito menos a fé do nosso inesquecível mariano – aliás as fortalecia cada vez mais – sempre aclamando pela interseção da Mãe Santíssima. Quanto mais recebia críticas, mais firme em seu intento se mostrava, passando essa postura para todos aqueles que o seguiam e, consequentemente, aos que, pouco a pouco, iam aderindo à causa e ao chamado da Mãe.

Não se pode duvidar de que Deus escreve certo por linhas tortas, tornando-se torto aquele que não sabe interpretar; e, ainda, que A Mãe nunca abandona os seus Filhos, principalmente os que são fiéis. Apesar dos empecilhos, o condão de seguidores crescia em todos os aspectos: número deles e intervenções da Mãe Santíssima em suas vidas. E as conquistas iam acontecendo para a alegria daquele que nunca perdera a esperança, e que a compartilhava com seus seguidores. A primeira delas foi a celebração de Missas, todos os dias 13 de cada mês, quando das peregrinações local, regional e estadual – isso aparou as arestas primárias da posição do vicariato, diante do movimento de fé mariana;  Em seguida, a  doação comodata do terreno do bosque, de propriedade da Família Scremim – seguidora da Fé Cristã Católica na nossa Paróquia São Judas Tadeu – pelo seu patriarca Ângelo Desidoro Scremim.  Logo depois, foi a coadunação da comunidade numa campanha para a construção de uma Igreja, onde os fieis pudessem se reunir em oração, obtendo-se êxito e participação até daqueles que desacreditaram da missão, no início das manifestações de fé.

Em pouco tempo, com a força da fé e o trabalho voluntário estava erguida a Igreja que passou a ser ponto de encontro dos Filhos de Nossa Senhora, passando a denominar-se Bosque Nossa Senhora Rainha da Paz, embora na ocasião, ainda, não tivesse sido elevada à condição de Capela, na essência da nomenclatura canônica, uma vez que não se podia celebrar todos os sacramentos naquele local, mas que fez com que o nosso inesquecível Valdecir Reggiani, com todos os demais devotos, sentissem-se realizados e vissem cumprida uma parcela significativa da sua missão, mesmo porque, além da consolidação de um sonho, o número de adeptos cresceu com a mesma intensidade, ou mais, que a beleza e característica sacras do local.

Por desígnios divinos, a 20 de dezembro do ano de 2007, Valdecir Reggiani, foi chamado para fazer parte, no céu, dos Filhos Seletos do Pai e da Mãe Santíssima. A comunidade paroquiana São Judas Tadeu despedia-se, na ocasião, do seu mais fervoroso filho. Nas palavras do padre Antonio Carlos da Silva: “O nosso irmão Valdecir vai para a morada celestial, mas seu legado de fé, esperança, perseverança e devoção em Nossa Senhora, ficará gravado e permanecerá sempre na mente e nos corações de todos aqueles com quem conviveu”.

 O marco consubstancial de perseverança e fé se consolida a 13 de Março de 2010, para alegria de todos, especialmente do fervoroso Valdecir Reggiani, cuja manifestação se dá na visão celestial, de onde agora acompanha seus companheiros de peregrinação. Através do Padre Antonio Carlos da Silva, o Bosque Nossa Senhora Rainha da Paz foi elevado à condição de capela, passando a denominar-se: Capela Nossa Senhora Rainha da Paz, na essência canônica. Ali poderão ser realizados todos os sacramentos da Santa Madre Igreja.



Esse foi, sem dúvida, o maior presente e a maior homenagem que a Paróquia São Judas Tadeu, nas pessoas de seu pároco e fieis, poderiam dar ao saudoso Valdecir Reggiani, cujas lembranças permanecem gravadas e inesquecíveis, principalmente,  nos corações de sua esposa Gracinha; de seus filhos Márcio, Márcia e João Paulo; seus netos Venâncio, Vitória Mariê, Maria Raquel e Isaac Abram; de seus parentes e amigos, por excelência os que nunca duvidaram da força da Fé, da Perseverança  e da Devoção na Sacratíssima Mãe que nunca abandona os seus Filhos Amados, e de que tanto deu provas que ressoam naqueles que continuam firmes no propósito da construção de um Reino Celeste aqui na terra, sob o auspício de Nossa Senhora.

Benção da Capela

A consolidação da Capela Nossa Senhora Rainha da Paz, arrefeceu o fervor dos legionários de Maria, cujo número de participantes cresceu para jubilo de todos. Segundo a coordenadora do Movimento Legionários de Maria, Mirian Marion, cujo trabalho divide com sua mãe Maria Luiza Marion, novos grupos vão se formando automaticamente. Os grupos são divididos em 12 pessoas, que se reúnem no Bosque para prestarem culto à Virgem Santíssima. Na fala da coordenadora, os 30 anos de existência do movimento (marcada por missa festiva dia 24 de abril, oportunidade que foi entregue para todos os presentes Medalhas de Nossa Senhora) é uma graça, fruto da semente plantada por Valdecir Reggiani, para regozijo de todos.
Fonte: Revista A Regional edição nº 6 - Maio/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário