terça-feira, 28 de junho de 2011

Vida no Planeta é tema da Missa de Domingo de Ramos da Paróquia São Judas Tadeu

A celebração do Domingo de Ramos da Paróquia São Judas Tadeu, de Cruzeiro do Sul, enfocou e incorporou a temática da Campanha de Fraternidade: Fraternidade e a Vida no Planeta, sob o lema: A criação geme em dores de parto. Neste ano, a procissão saiu do Bosque Nossa Senhora da Paz, ponto de Encontro dos Legionários de Maria e que mantém sua área de preservação ambiental. No início da celebração, o pároco padre Antonio Carlos da Silva, conclamou a todos para uma reflexão sobre a temática deste ano, enfatizando a necessidade de um exame de consciência sobre o que cada um está fazendo para contribuir com medidas de preservação do meio ambiente. Salientou, ainda, que pequenos gestos como separar o lixo doméstico; evitar o desperdício de água com lavagem de calçadas e carros.

Durante a procissão, foram realizadas três paradas, para um diálogo mais direto e específico, com todos os participantes. No primeiro momento deu-se ênfase à necessidade de conscientização de todos os segmentos, para um tomada de decisão frente à questão do meio ambiente que deve ser um comprometimento de todos, indistintamente. É preciso que mudanças de comportamentos sejam efetivados na família, na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, de forma a que o bom exemplo de um seja seguido por todos do grupo. No segundo momento, foi apresentado a todos os reflexos da ação do homem quanto à poluição de rios e nascentes de água potável. Momento de leitura, reflexão e análise a partir da imagem que se nos apresentam os nossos cursos de água doce: desprotegidos em suas margens e depósitos de pneus velhos; garrafas pets; sofás, latas de cerveja, refrigerante, dentre tantos outros lixos domésticos que por falta de educação ambiental, são destinados aos leitos dos rios que são nossa fonte de existência, graças à água potável que generosamente nos oferece, dádiva da criação divina. No terceiro e último momento, foi dado ênfase à ganância humana, o abuso da busca pelo poder econômico sem a preocupação com quem é a base de todo desenvolvimento: o meio ambiente. Todo desenvolvimento só tem sentido de ser quando se respeita o ambiente em que se vive e isso não é o que acontece com o homem moderno – enfatizou Pe. Antonio. Ainda, notabilizou que a Igreja não é contra a riqueza, mas as formas pelas quais se busca consolidá-la, fechando os olhos para questões prementes da sociedade, como é o caso do desrespeito pelo meio ambiente, em todas as suas formas.  Conclamou a todos os cristãos a priorizarem os objetivos maiores da Campanha da Fraternidade deste ano que deve mobilizar  pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento global; propor atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente e denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes da ação equivocada do homem na produção de bens e serviços. Depois desses momentos, os fieis seguiram em procissão até à Igreja Matriz, onde foram benzidos os ramos e celebrada a Missa do Domingo de Ramos, fortalecendo a fé cristã católica da preparação consciente de Jesus Cristo para sua Morte e Ressurreição, para a libertação de todos os pecados da maior criação de Deus Pai: o Homem, imagem e semelhança do Criador.  Finalizando as atividades, todos os fieis foram conclamados a dispensarem, nesta última Semana da Quaresma, um momento para uma ação concreta, a partir das reflexões abordadas neste dia. 
Fonte: Revista A Regional edição nº11 - Maio/2011

sábado, 25 de junho de 2011

Festa da ACIES

Dada a importância da devoção à Santíssima Virgem dentro da Legião, os legionários se consagrarão, todos os anos individual e coletivamente a Nossa Senhora, no dia 25 de Março ou em outro dia conveniente, nas proximidades desta data, numa cerimônia que tem o nome de Acies.
Esta palavra latina, que significa um exército em ordem de batalha, designa, com razão, a cerimônia em que os legionários, como um só corpo, se reúnem para renovar a sua fidelidade a Maria, Rainha da Legião, e dela receber a força e a bênção para um novo ano de combate contra o exército do mal. Contrasta, além disso, com Praesidium, que apresenta a Legião, não em formação de combate, mas espalhada em várias seções, ocupadas cada qual no seu próprio trabalho. 
A Acies é a grande solenidade do ano, a festa central da Legião. Insista-se, pois, com cada legionário, sobre a importantíssima obrigação de a ela assistir. A idéia central, sobre a qual tudo na Legião se sustenta, é o trabalho em união e sob a dependência de Maria, sua Rainha. A Acies é a solene declaração desta união e dependência, a renovação – individual e coletiva – do compromisso de fidelidade da Legião.
ACIES 2009

No ano de 2009 foi realizada a 1ª Festa da Acies em nosso município. Nesse período ainda possuíamos apenas um Praesidium. A festa foi realizada no dia 04 de abril e contou com a participação de 48 legionários ativos e auxiliares.



ACIES 2010
Em 2010 a festa da Acies foi realizada no dia 24 de abril. Neste dia também fizemos a festa de aniversário dos 30 anos de fundação da Legião de Maria em nosso município. A entrada de Nossa Senhora foi organizada pela legionária Andressa emocionou a todos os presentes. A Igreja na penumbra foi iluminada pela entrada da imagem carregada pelo irmão legionário Luiz Fernando, e pelas crianças João Vitor Mulon, Felipe Molina, Pedro Pelisser e Rayani Cordeiro.


O Padre Antonio fez uma homilia emocionante ressaltando a dificuldade enfrentada pelo fundador da Legião de Maria, Valdecir Reggiani. A consagração envolveu 55 legionários ativos e auxiliares. Foram abençoadas e distribuídas Medalhas Milagrosas a todos os presentes.


ACIES 2011
E em 2011 a Festa da Acies foi realizada no dia 19 de março, agora como Curia Nossa Senhora Rainha da Paz. A celebração contou com a presença de centenas de legionários ativos e auxiliares pertencentes aos sete praesidia, incluindo os de Uniflor e Paranacity. Por ser também dia de São José, foi feita a entrada solene do pai adotivo de Jesus. O Magnificat foi cantado e encenado pela legionária Márcia Reggiani e pela grávida Fabiana Moretto. Também foram distribuídas centenas de Medalhas Milagrosas a todos os presentes.




 “Maria é o terror das potestades do inferno. Ela é “terrível como um exército em ordem de batalha” (Ct 6, 9) porque, como Chefe experimentado, sabe dispor do Seu poder, da Sua misericórdia e das Suas orações, para confusão dos Seus inimigos e proveito dos Seus servos” (S. Afonso de Ligório).

Fundação da Curia Nossa Senhora Rainha da Paz

A reunião para fundação da Curia Nossa Senhora Rainha da Paz da Paróquia São Judas Tadeu de Cruzeiro do Sul foi realizada no dia 25 de julho de 2010 às 10 horas. O encontro teve início com as orações iniciais e a reza dos mistérios gloriosos do terço no bosque.
A segunda parte da reunião teve início às treze horas no pátio coberto do colégio localizado em frente ao bosque, onde foi feita a acolhida pelo Presidente do Comitium Nossa Senhora do Carmo de Arapongas, Irmão Antonio Sastre. Em seguida a Leitura Espiritual foi feita pela irmã Mirian e foi retirada do Manual da Legião de Maria página 89, que tratava sobre a Promessa Legionária. Logo após foi feito a nomeação e ratificação de todos os oficiais da Curia e dos Praesidia.
A composição da Diretoria da Curia ficou assim definida para o triênio – julho de 2010 a julho de 2013: Diretor Espiritual: Pe. Antonio Carlos da Silva, Presidente: Mirian Marion Roeles, Vice-Presidente: Dirceu Vicente, Secretária: Fernanda Ferrareto Franco e Tesoureiro: Aparecido de Souza. A Curia Nossa Senhora Rainha da Paz ficará filiada ao Comitium Nossa Senhora do Carmo de Arapongas. A Curia contava com a participação de quatro Praesidia, conforme segue: Praesidium Rainha dos Apóstolos: Presidente: Dirceu Vicente, Vice-Presidente: Gilberto César de Andrade, Secretária: Márcia Maria Reggiani Takemoto e Tesoureira: Maria das Graças de Medeiros Reggiani; Praesidium Nossa Senhora do Rosário: Presidente: Fernanda Ferrareto Franco, Vice-Presidente: Maria Luiza Scremin Marion, Secretária: Aurea Ferrareto Franco e Tesoureiro: Maucir José Marion; Praesidium Medianeira de Todas as Graças: Presidente: Aparecido de Souza, Vice-Presidente: Eliani Aparecida Caparroz, Secretária: Suzana Ornelas de Oliveira e Tesoureiro: Hélio Marciano de Oliveira; Praesidium Rainha de Todos os Santos: Presidente: Mirian Marion Roeles, Vice-Presidente: Andressa Mirelle Pereira Galbiate, Secretária: Adriana Scremin Mulon e Tesoureira: Maria Aparecida Maximiano.
Rezamos a Catena Legionis e em seguida o Diretor Espiritual Padre Antonio Carlos da Silva fez a Alocução, onde fez um breve histórico do recomeço da Legião de Maria após vários anos. Comentou também a grande importância do trabalho do senhor Valdecir Reggiani pela Legião de Maria e pela comunidade católica de nosso município.
Logo após o irmão Benedito, fundador da Legião de Maria em Arapongas contou as dificuldades do início do Movimento em sua cidade. Nas recomendações foi lida a Instrução Permanente contida no Manual da Legião de Maria página 108. Na extensão foi comentado sobre o Praesidium de Uniflor e o Juvenil que será fundado posteriormente em nossa paróquia. A próxima reunião da Curia foi marcada para o dia 07/08/2010 às quinze horas.
 A reunião foi encerrada com as Orações Finais e a benção do Diretor Espiritual Pe. Antonio Carlos da Silva. Todos os presentes assinaram o Termo de Fundação da Curia, e se despediram de Nossa Senhora. Logo após o encontro foi encerrado com a confraternização de todos os legionários presentes. Foi um dia inesquecível!!!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Fé remove montanhas e a perseverança e devoção, a descrença


Existem datas que marcam para sempre a vida das pessoas, principalmente quando elas traduzem a consolidação de um marco consubstancial de perseverança e fé. Esta em maior intensidade que aquela, uma vez que confirma com todas as letras “se tiveres fé do tamanho do grão de uma mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá e ele há de passar; e nada vos será impossível”. (Mt 17, 17-20)

Há um pouco mais de 20 anos o saudoso Professor Valdecir Reggiani – cuja fé no Altíssimo era inabalável e sua Devoção por Nossa Senhora, a maior que alguém pode ter – cujas primeiras manifestações se deram quando contava com apenas 10 anos de idade e nunca a abandonou - conclamou os fiéis a prestarem culto à Nossa Mãe Santíssima, no Bosque em frente ao Colégio Estadual “Dr. Romário Martins” – EM, do qual era Diretor. Afirmava com todas as letras e força de sua fé que vira Nossa Senhora, em um momento de oração que sempre fazia naquele local.

Desde então começaram as peregrinações, sob a liderança do nosso Filho Predileto de Nossa Senhora, em Cruzeiro do Sul, e seus companheiros da Legião de Maria. E a cada dia crescia o número de fieis na visitação ao Bosque, extrapolando, inclusive, os limites do nosso Estado do Paraná, principalmente nos dias 13 de cada mês, quando o número de caravanas aumentava a cada mês.

Essa manifestação espontânea dos seguidores e devotos de Nossa Senhora – como acontece sempre - gerou polêmica com o pároco local que não via com bons olhos esse trabalho, segundo ele, exclusivo dos seguidores e fieis a Nossa Senhora. Isso fez com que muitos acreditassem ser uma “alucinação de um visionário devoto”, com um poder de congregar outros devotos para sua causa. Todas essas posturas, porém, não abalaram a perseverança, muito menos a fé do nosso inesquecível mariano – aliás as fortalecia cada vez mais – sempre aclamando pela interseção da Mãe Santíssima. Quanto mais recebia críticas, mais firme em seu intento se mostrava, passando essa postura para todos aqueles que o seguiam e, consequentemente, aos que, pouco a pouco, iam aderindo à causa e ao chamado da Mãe.

Não se pode duvidar de que Deus escreve certo por linhas tortas, tornando-se torto aquele que não sabe interpretar; e, ainda, que A Mãe nunca abandona os seus Filhos, principalmente os que são fiéis. Apesar dos empecilhos, o condão de seguidores crescia em todos os aspectos: número deles e intervenções da Mãe Santíssima em suas vidas. E as conquistas iam acontecendo para a alegria daquele que nunca perdera a esperança, e que a compartilhava com seus seguidores. A primeira delas foi a celebração de Missas, todos os dias 13 de cada mês, quando das peregrinações local, regional e estadual – isso aparou as arestas primárias da posição do vicariato, diante do movimento de fé mariana;  Em seguida, a  doação comodata do terreno do bosque, de propriedade da Família Scremim – seguidora da Fé Cristã Católica na nossa Paróquia São Judas Tadeu – pelo seu patriarca Ângelo Desidoro Scremim.  Logo depois, foi a coadunação da comunidade numa campanha para a construção de uma Igreja, onde os fieis pudessem se reunir em oração, obtendo-se êxito e participação até daqueles que desacreditaram da missão, no início das manifestações de fé.

Em pouco tempo, com a força da fé e o trabalho voluntário estava erguida a Igreja que passou a ser ponto de encontro dos Filhos de Nossa Senhora, passando a denominar-se Bosque Nossa Senhora Rainha da Paz, embora na ocasião, ainda, não tivesse sido elevada à condição de Capela, na essência da nomenclatura canônica, uma vez que não se podia celebrar todos os sacramentos naquele local, mas que fez com que o nosso inesquecível Valdecir Reggiani, com todos os demais devotos, sentissem-se realizados e vissem cumprida uma parcela significativa da sua missão, mesmo porque, além da consolidação de um sonho, o número de adeptos cresceu com a mesma intensidade, ou mais, que a beleza e característica sacras do local.

Por desígnios divinos, a 20 de dezembro do ano de 2007, Valdecir Reggiani, foi chamado para fazer parte, no céu, dos Filhos Seletos do Pai e da Mãe Santíssima. A comunidade paroquiana São Judas Tadeu despedia-se, na ocasião, do seu mais fervoroso filho. Nas palavras do padre Antonio Carlos da Silva: “O nosso irmão Valdecir vai para a morada celestial, mas seu legado de fé, esperança, perseverança e devoção em Nossa Senhora, ficará gravado e permanecerá sempre na mente e nos corações de todos aqueles com quem conviveu”.

 O marco consubstancial de perseverança e fé se consolida a 13 de Março de 2010, para alegria de todos, especialmente do fervoroso Valdecir Reggiani, cuja manifestação se dá na visão celestial, de onde agora acompanha seus companheiros de peregrinação. Através do Padre Antonio Carlos da Silva, o Bosque Nossa Senhora Rainha da Paz foi elevado à condição de capela, passando a denominar-se: Capela Nossa Senhora Rainha da Paz, na essência canônica. Ali poderão ser realizados todos os sacramentos da Santa Madre Igreja.



Esse foi, sem dúvida, o maior presente e a maior homenagem que a Paróquia São Judas Tadeu, nas pessoas de seu pároco e fieis, poderiam dar ao saudoso Valdecir Reggiani, cujas lembranças permanecem gravadas e inesquecíveis, principalmente,  nos corações de sua esposa Gracinha; de seus filhos Márcio, Márcia e João Paulo; seus netos Venâncio, Vitória Mariê, Maria Raquel e Isaac Abram; de seus parentes e amigos, por excelência os que nunca duvidaram da força da Fé, da Perseverança  e da Devoção na Sacratíssima Mãe que nunca abandona os seus Filhos Amados, e de que tanto deu provas que ressoam naqueles que continuam firmes no propósito da construção de um Reino Celeste aqui na terra, sob o auspício de Nossa Senhora.

Benção da Capela

A consolidação da Capela Nossa Senhora Rainha da Paz, arrefeceu o fervor dos legionários de Maria, cujo número de participantes cresceu para jubilo de todos. Segundo a coordenadora do Movimento Legionários de Maria, Mirian Marion, cujo trabalho divide com sua mãe Maria Luiza Marion, novos grupos vão se formando automaticamente. Os grupos são divididos em 12 pessoas, que se reúnem no Bosque para prestarem culto à Virgem Santíssima. Na fala da coordenadora, os 30 anos de existência do movimento (marcada por missa festiva dia 24 de abril, oportunidade que foi entregue para todos os presentes Medalhas de Nossa Senhora) é uma graça, fruto da semente plantada por Valdecir Reggiani, para regozijo de todos.
Fonte: Revista A Regional edição nº 6 - Maio/2010

Bosque das Grevíleas - Um Local de Fé

            Era o dia da assunção de Nossa Senhora, que naquele ano caía no dia 19 de agosto de 1990, terceiro domingo do mês. O dia fora todo chuvoso, mais pelas 16 horas o sol saiu. Saiu de uma maneira tão forte que toda a terra ficou amarelada e o sol ficará verde, azul, branco e amarelo. Algumas pessoas comentavam “vai chover novamente”. Depois de alguns minutos tudo voltou ao normal.
            A noite na reunião da Legião de Maria os jovens comentaram. Um deles disse: “Se for Nossa Senhora no dia 08 de setembro Ela vai dar esse sinal novamente”. No dia 22 de agosto, festa de Nossa Senhora Rainha, na casa de minha mãe, pelas 3 horas da tarde, enquanto eu ouvia a novena das quartas-feiras, pela Rádio Aparecida, alguma coisa me dizia que o local escolhido por Maria para realizar os seus sinais era o pequeno bosque de grevíleas em frente a Escola de primeiro grau.
            No dia 08 de setembro de 1990 que caiu no sábado, pela manhã fomos em três legionários no bosque, mas o sol não deu sinal. A tarde pela 5 horas, alguma coisa me levou ao bosque, então vi sozinho um esplêndido sinal no sol, no dia da natividade de Nossa Senhora. No dia das dores de Nossa Senhora, 15 de setembro, fomos a tarde no bosque e vimos de novo o sinal no sol. Combinamos então com os legionários que no dia 29 de setembro de 1990, dia dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, nós iríamos todos ao bosque a tarde para ver o sinal. Seria um sábado. Resultado: Choveu o dia todo. As 4 horas da tarde o sol saiu. Pelas 5 horas da tarde estávamos em 15 legionários em círculo rezando o rosário completo. Não terminamos. Houve um sinal tão forte que nunca esquecemos. Os moços (não havia nenhuma mulher) ficaram arrepiados. Num dado momento vimos 3 sóis; 1 amarelo com raios vermelhos; 1 verde com raios roxo e 1 azul com raios laranja. Intuímos que era algo referente a Santíssima Trindade. Coincidência ou não, naquela hora devíamos estar na igreja em uma reunião com o Bispo, que estava em visita pastoral, mas o Bispo adoeceu e por isso a reunião foi cancelada.
            Depois deste fato, os legionários não guardariam mais segredo, e no domingo, 07 de outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário, convidamos as senhoras do Apostolado da Oração para ir no bosque rezar. Pelas 4 da tarde, horário de verão, começamos o terço, mas depois de poucos mistérios, o sol ficou azul e começou a “dançar” no céu. As mulheres entraram em comoção e começou um grande pranto. Eram mais de 100 pessoas entre homens, mulheres e crianças. No dia 12 de outubro, uma multidão de gente foi ao bosque, mas não houve sinais. Era festa de Nossa Senhora Aparecida. Mas no dia seguinte, dia 13, o sol deu sinal a tarde e a cidade inteira presenciou, crentes e descrentes.
          O dia 13 de novembro de 1990 marcou o primeiro dia que 5 ou 6 árvores minaram água pelos troncos, o que foi descoberto por crianças. Desde daquela época o povo já acostumou a visitar o bosque nos dias 13 pela tarde. As primeiras cidades que aqui vieram foram Paranacity, Atalaia, Colorado, Uniflor, Alto Paraná, Mandaguaçú, Paranavaí, Maringá, Nova Esperança e Sarandi. Hoje vários estados brasileiros já nos visitaram e a quantidade de cidades passaram de duzentas.
            Os sacerdotes da região logo mantiveram prudência, nunca proibiram o povo de ir lá para rezar, mas pediam que não acreditassem que aqueles sinais fossem milagres, pois a ciência, poderia um dia explicar todos os fenômenos. No entanto, o povo sempre aumentava cada vez mais.
            No início usava-se colocar uma imagem de Nossa Senhora das Graças, mas por ser nos dia 13, passou-se a colocar a imagem grande de Nossa Senhora de Fátima, que hoje está na Igreja Matriz. Muitas vezes e muitas pessoas viram a imagem mudar de cor, ficando nas cores dourada, azul e cor de rosa, seu rosto se escurecia, as vezes as crianças viam um coração na imagem, mas ela não tem coração esculpido.
            O altar e a capelinha do bosque foram construídos em 2001 com auxílio de muitas pessoas. Os bancos foram doados pela irmã Sueli de Maringá. A imagem de Nossa Senhora de Fátima foi doada pela família Baroni.
            Nas grandes solenidades sentia-se um perfume suavíssimo que não tem explicação, cheiro de rosas.
            Muitas árvores minam e os sinais do sol são esplêndidos, deixando o povo admirado. Entretanto, nada disso é o principal do Bosque, mas sim a oração, a conversão, a mudança de vida e a experiência de que as coisas espirituais valem mais que as materiais e, despertar a  solidariedade.
            Neste bosque não se anuncia mensagens catastróficas, mas de esperança que o terceiro milênio será a era do triunfo do Imaculado Coração de Maria, do reinado do Coração de Jesus e da civilização do amor.
            Tem causado muitas polêmicas não as aparições e nem os fenômenos, pois muitos acreditam outros não. Outros atribuem a causas desconhecidas que a parapsicologia ou outras a ciência pode explicar.
            O que mais tem causado polêmicas são profecias e mensagens que não se realizaram ou que demoram a se cumprir. Ora Deus é o Senhor do tempo e Ele não mede o tempo como nós lemos na Bíblia que ele disse: “eis que eu volto em breve”. Já se passaram mais de 2.000 anos. Podemos então deduzir que o “breve” de Jesus é diferente do nosso, e “o agora” de Deus é diferente do nosso.
            Talvez quanto as profecias possamos nos confrontar com o Profeta mais polêmico da Bíblia Jonas. Ele desobedeceu terminantemente a Deus, fugiu e no navio foi lançado ao mar devido a tempestade. Foi engolido por um peixe, ficou 3 dias em seu ventre e foi lançado novamente, são e salvo na praia. Foi a Ninive onde profetizou “dentro de 40 dias Ninive será destruída”. Essa profecia jamais se cumpriu. Por que? O povo acreditou e fez penitência e Deus retirou o castigo. Ele ficou inclusive revoltado e magoado. Queria ver Ninive destruída.
            Atualmente é realizado no o encontro da “Legião de Maria” e todo dia 13 de cada mês, é celebrada uma missa de Ação de Graças. Ainda hoje, muitos fiéis se encontram no Bosque para orações e meditações.

Os fiéis cruzeirenses agradecem o empenho e dedicação do irmão Valdecir Reggiani, o qual teve sua vida repleta de fé e amor. Foi um dos responsáveis pela existência do Bosque da Grevíleas.
Texto e imagens do local disponível no link de notícias – História do Bosque da Santa - Site Oficial da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul: http://www.cruzeirodosul.pr.gov.br

Frank Duff - Um homem fora de série

"O grande ausente" chegou e tomou seu lugar, naquele setembro de 1965, entre os delegados e observadores do Concílio Vaticano II, realizado na Basílica de São Pedro, em Roma. Ele espera dois anos por esse momento. Ao notar sua presença, o Cardeal Heenan, da Grã-Bretanha, interrompeu seu discurso para comunicar aos dois mil, e quinhentos patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos, abades e superiores de ordens religiosas na Quarta Sessão, que Frank Duff, o gênio dirigente da Legião de Maria, se tornara, finalmente, um participante do Concílio. O Cardeal Leo Suenens, da Bélgica, relembrava que os delegados do Concílio Cumprimentaram Duff "com uma calorosa e emocionante ovação. Foi um momento inesquecível". Muitos delegados haviam questionado por que Duff, líder de um dos maiores e mais efetivos movimentos leigos da Igreja, não fora convidado, junto com outros observadores leigos, em 1963. O modesto Duff, tranqüilamente sentado em seu lugar, aceitou a honra que os delegados lhe concederam, não para si, mas para os milhares de apóstolos leigos que ele representava. O aplauso foi duramente conquistado - bem como cada êxito que havia experimentado. Frank Duff nasceu em Dublin, no dia 07 de junho de 1889, freqüentou a Escola Belvedere dos Jesuítas e depois o Colégio BlackrocK dos Padres do Espírito Santo.
Frank possuía misteriosa habilidade de se comunicar com o povo humilde do mundo. Filósofo, teólogo, estudioso da Bíblia, possuindo farto conhecimento de medicina, ciência e matemática, ele era, acima e além de tudo, um comunicador. Expressava as idéias mais abstratas em linguagem simples. O seu Manual da Legião de Maria, já traduzido em mais de setenta línguas, apresenta profundos fundamentos teológicos da Legião, em palavras que as pessoas mais simples podem entender.
Passados três meses do primeiro encontro da Legião de Maria em 1921, Frank Duff avisou ao grupo pioneiro que, um dia, seu movimento englobaria o mundo inteiro. "As senhoras achavam isto tão inverossímil", Frank relembrava sessenta anos depois, "que elas passaram quase cinco minutos em uma estrondosa gargalhada". As senhoras não contavam com a perseverança determinação de Frank Duff, o alcance de sua visão, nem com sua fé inabalável nos destinos da Legião. Retrocedendo dois mil anos, ele transportou, para sua Legião de Maria, a estrutura da organização do exército romano.
Olhando para o futuro, Frank via a Legião como o exército de Maria, dedicado a arrebanhar homens e mulheres, jovens e crianças para Cristo, o Rei.
Embora visionário, tinha pouca paciência para grandes esquemas. Era o mestre da ação concreta, das metas atingíveis. A Legião, firmemente acreditava, conquistaria o mundo passo a passo. Frank Duff, convencido de que a Legião serviria à Igreja, no que ele denominava "a terrível batalha do século XXI", usava cada oportunidade para se encontrar e falar com o povo. Nos seus últimos anos, era amplamente respeitado como líder leigo. A essência dos sonhos e ações de Frank Duff foi sua devoção a Maria, Mãe de Deus. Pouco antes de sua morte, em 1980, dissera: "Desde o primeiro momento, a Legião esteve nas mãos de Maria. Minha partida não vai alterar nada".
Frank Duff - "Obrigado pelo seu companheirismo".
Fonte texto: Site www.legiaodemaria.org.br

Depoimento do Fundador da Legião de Maria em Cruzeiro do Sul


Eu era um menino com menos de 10 anos, quando meu tio Paulo Reggiani e minha tia Silvandira Reggiani que moravam em São Paulo, na Vila Carrão, trouxeram Tesseras e fizeram com que minha avó, meus pais e meus tios fossem membros auxiliares da Legião de Maria.
No início dos anos 60, meu tio Paulo e família mudaram para Cruzeiro do Sul, na Estrada Santa Cruz da vagalume, no sitio dos meus pais. Ele quis fundar a Legião de Maria, mas os marianos não concordaram, mas Deus e Nossa Senhora tinham seus planos. Comecei a cuidar dos grupos jovens no ano de 1973, mas infelizmente os cafezais estavam no fim e os jovens estavam indo embora de nossa cidade. Um jovem muito esforçado chamado João Natalino mudou-se para São Paulo e lá entrou na Legião de Maria. Ele ficou encantado e pelos anos de 78 e 79, ele me mandou algumas Tesseras e Manuais. Em 1980 eu passei num segundo concurso para professor e fui transferido para Floraí onde morei 15 dias na casa do Padre Roberto. Fiz a novena da Medalha Milagrosa e se alcançasse a graça fundaria a Legião de Maria. Todos estavam aqui, meus pais e minha esposa esperando nosso terceiro filho, João Paulo. Imediatamente consegui retornar para Cruzeiro do Sul. Foi difícil mas após uma novena a São José, começamos a Legião dia 26 de abril de 1980, dia de Nossa Senhora do Bom Conselho. A Legião de Maria começou no tempo do Padre José Fernandes, ele não dava apoio nem era contra. Dos Padres que mais deram apoio foi o Padre Polônes Jorge Wortal. Chegamos a ter 70 legionários em 4 Praesidia.
Houve apenas um Padre que não concordou, e pelo desgaste após 20 anos no dia 21 de outubro de 2000 fizemos a última reunião. Não tínhamos local para fazer a reunião, saímos da Sacristia onde hoje é o Santíssimo, fomos para o Salão Paroquial, depois para a sede dos Vicentinos e terminamos na Capelinha Velha do Bosque.
Agora 5 anos mais tarde, fui a casa paroquial onde vi na casa de nosso caríssimo Padre Antonio Carlos da Silva um Manual da Legião de Maria e uma Tessera. Eu disse com tristeza que aqui já houve a Legião de Maria e ele mandou que fosse fundada novamente. Pretendemos começar dia 10 de fevereiro, quinta-feira na Capela do Bosque.
Texto escrito em 8 de fevereiro de 2005 por Valdecir Reggiani (in memorian)

Início da Legião de Maria no Brasil

A Legião de Maria no Brasil foi implantada, primeiramente, no Rio de Janeiro, quando, em 1950 alguns irmãos, primeiros legionários, nos deram a oportunidade de estarmos hoje participando e fazendo parte dessa história. A data oficial da fundação foi a 24 de outubro de 1951. Mas, na realidade, tudo começou com a fundação provisoriamente de um praesidium, "Refugium Peccatorum", com 10 legionários, que teve sua primeira reunião dia 07 de julho de 1951. O praesidium funcionava clandestinamente, pois o Cardeal do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Bairros Câmara não permitiu que a Legião se instalasse. Depois de outras tentativas, acabou permitindo, mas com a condição de só funcionar no Santuário de Fátima e não abrir novos praesidia.
Em 1953 o cardeal autorizou o desmembramento do praesidium "original" em mais 5 praesidia: Regina Angelorum, da Salete; Causa Nostra Laetitiae, de Santa Terezinha (Túnel Novo); Mater Admirabilis, da Santíssima Trindade; e ainda dois, um juvenil e outro adulto para cegos, no Instituto Benjamim Constant. Queremos aqui lembrar o verdadeiro fundador da Legião aqui no Brasil, o irmão João Creff, que acompanhou tudo: fundação, desmembramento, formação de Curia. Foi ele que pediu a Dublin que nos mandasse um enviado.
A primeira a chegar foi a irmã Joaquinna Lucas (Filipina), Enviada em vários países da América. Ela recebeu por sua vez, o Enviado irmão Alfonso Lambe em 1954 e lhe ensinou o espanhol. Com a ajuda de alguns legionários, fundou vários praesidia: N. Sra. de Fátima, Rainha do Mundo, N. Sra. do Desterro, N. Sra. das Graças. Neste mesmo ano, fundou as duas primeiras Curiae: Immaculata (Copacabana), hoje no Leme e Assumpta (Saúde e toda a Zona Norte).
Em 31 de dezembro de 1958 a Curia Assumpta foi elevada a Comitium e um ano depois, precisamente a 31 de dezembro de 1959 foi elevado a Senatus. A reunião de elevação foi realizada em Fátima, com a presença do Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, o Núncio Apostólico e o Diretor Espiritual Pe. Carlos Pollok (pároco nessa época da Paróquia Sagrada Família).
Daí para frente, já com outras cidades e Estados alcançados, deu-se seqüência a um trabalho, chegando ao que vemos até hoje e que, sob a égipe do Espírito Santo e com a ajuda de Nossa Senhora, veremos muito mais.

Nascimento da Legião de Maria

Numa reunião dominical em Myra House, alguém  comentou que na visita que fizera ao Hospital da União, ficara impressionado com o que vira. Era um hospital para gente pobre e ali se encontrava uma grande miséria material e espiritual. Especialmente lamentável era a seção reservada aos cancerosos, principalmente o setor feminino, onde as mulheres pareciam ali estarem para apodrecer vivas. Nessa reunião, após ouvirem o relato, foi sugerido que as moças do grupo, se encarregassem de visitar regularmente a seção feminina do hospital, assim como os homens do grupo, costumavam visitar o setor masculino. Todos concordaram com a sugestão. Marcaram para a próxima quarta-feira, às 20:00h,  uma reunião para a qual convidariam outras pessoas, principalmente moças, para se responsabilizarem pelas visitas às doentes. Quando os participantes compareceram, na Quarta-feira seguinte, havia umas quinze pessoas. Encontraram na sala um pequeno altar de Nossa Senhora das Graças. A imagem, que fora a que Frank Duff recebera de seu amigo Gabbet, estava sobre uma toalha branca, ladeada de dois vasos de flores e duas velas. Invocado o Espírito Santo e rezado o Terço do Rosário, discutiu-se o trabalho a fazer.
Foi decidido reunirem-se semanalmente e que o primeiro trabalho seria a visita, em pares, ao Hospital da União onde não haveria auxílio material, mas cuidados às doentes e preocupação evangelizadora. Resolveram que de início fariam parte do grupo as senhoras e moças, exceção feita a Frank Duff, força motriz desde o começo e naturalmente ao Padre Toher que seria o Diretor Espiritual. Nenhum dos presentes suspeitou que dessa primeira reunião de 07 de setembro de 1921, surgiria o exército de Nossa Senhora, “a Legião de Maria”. Só Maria o sabia.
Existe ainda a ata da primeira reunião. A secretária que a redigiu, colocara em primeiro lugar na relação dos participantes, o nome de Frank Duff. Mas o nome foi riscado. No final da página, escrito com a letra de Frank, lê-se: “ Frank Duff também tomou parte na reunião.” Ele sempre procurou esconder ou ao menos minimizar o seu papel na fundação.
Os membros da nova associação, concordaram em visitar as pessoas como se, por meio delas, Nossa Senhora o fizesse e em ver o Seu Divino Filho em cada um dos visitados. Por ocasião da distribuição dos trabalhos, as jovens faziam questão de visitarem o setor mais difícil do hospital, o das cancerosas. O grupo era formado por pessoas muito jovens, com exceção de Frank Duff, com 32 anos e da Srª  Elizabeth Kirwan, a única em idade madura. Todas as jovens respeitavam e admiravam a Srª Kirwan, foi ela que introduziu o costume  de ler uma vez por mês, as quatro condições fundamentais do trabalho no novo movimento. Ou, como é hoje conhecida, “a Instrução Permanente” A Srª Kirwan foi eleita presidente do grupo, sendo assim a primeira presidente da Legião de Maria.
O Hospital da União era dirigido pelas Irmãs da Misericórdia. Quando tomaram conhecimento da existência do novo grupo e seus objetivos, prometeram oferecer a missa e a comunhão pela prosperidade do grupo. Como retribuição o grupo escolheu o nome de “Associação Nossa Senhora da Misericórdia”. Este veio a ser o primeiro grupo do movimento que mais tarde veio a Chamar-se “Legião de Maria”. Algum tempo depois, houve necessidade de escrever a história do Movimento que já crescera notavelmente. Era preciso apresentar a data da fundação, mas ninguém lembrava com exatidão. Consultaram então o caderno das atas, que Frank Duff prudentemente havia guardado. A data da primeira reunião era 07 de setembro de 1921. “Que pena!” – exclamou alguém. “Seria melhor o dia 8, festa da Natividade de Nossa Senhora.” Frank viu mais fundo. Conhecedor da Liturgia, pois rezava o Ofício Divino diariamente, argumentou. No dia 7 de setembro, às 20:00 horas a Igreja rezava as primeiras “Vésperas” da festa da Natividade de Maria. No dia 8, às 20:00 horas a festa de Maria teria passado e já se começava o Ofício do dia seguinte. Assim a Legião de Maria, começara exatamente com as primeiras orações da Natividade de Nossa Senhora.
Fonte: www.legiaodemaria.org.br