terça-feira, 10 de abril de 2012

Maringá realiza Vigília de Oração pela Vida contra o aborto de anencéfalos


Atendendo ao pedido do Arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, um grupo da Renovação Carismática Católica da Arquidiocese de Maringá, fará hoje (10) a partir das 20h um grande momento de Oração pela Vida e contra a proposta de descriminalização do aborto de anencéfalos – casos em que o feto tem má formação no cérebro. A recomendação para que as dioceses de todo o Brasil façam vigílias de oração foi encaminhada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O grupo de oração Raio de Luz, que promove a vigília, se reúne todas às terças-feiras no auditório Dona Guilhermina, próximo à Catedral de Maringá. Todos os grupos de oração e de reflexão são chamados a realizar momentos de oração por esta causa.

Amanhã (11) o Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o julgamento sobre a descriminalização do aborto de anencéfalos. Em agosto de 2008, por ocasião do primeiro julgamento do caso, a CNBB publicou uma nota que explicita a sua posição. “A vida deve ser acolhida como dom e compromisso, mesmo que seu percurso natural seja, presumivelmente, breve. (...) Todos têm direito à vida. Nenhuma legislação jamais poderá tornar lícito um ato que é intrinsecamente ilícito. Portanto, diante da ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente, não se pode aceitar exceções".

Na edição de domingo (8) o jornal O Diário publicou a seguinte declaração do Padre Luiz Antonio Bento (foto), da Arquidiocese de Maringá, pós-doutor em Bioética, membro da Comissão de Bioética da CNBB e professor da Uningá e da PUCPR. “O que está em jogo é a vida de crianças que não têm uma parte do cérebro e, por isso, a possibilidade de vida pós-nascimento é curta. Temos registrado em literatura crianças que viveram até um ano e dois meses, portanto, é um erro científico afirmar que todas morrem após o parto. Somos favoráveis à vida e contrários ao aborto em qualquer circunstância. Propomos que existam cuidados paliativos para melhorar a qualidade de vida das crianças e confortar os pais.

Não podemos ser indiferentes à angústia da mãe, mas esse sofrimento não justifica ou autoriza o sacrifício da vida do filho. Se o feto tivesse má-formação que o impedisse de nascer vivo, a premissa poderia ter algum embasamento, mas não é o caso. É preciso escolher entre a medicina que cura ou medicina que mata. O aborto é uma barbárie, é escala para instalação da câmara de extermínio de recém-nascidos defeituosos. O aborto dessas crianças é fruto de uma sociedade que busca a perfeição do corpo e julga o anencéfalo como uma pessoa indesejada. Implantar o aborto na sociedade é implantar uma espécie de nazismo, e a gente já sofreu muito por esse tipo de prática.”

Fonte: www.cnbb.org.br

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