Porque o
Papa Pio XI, em 16 de Julho de 1930, assinou o Decreto constituindo Nossa
Senhora da Conceição Aparecida Padroeira do Brasil. Ele legitimou um fato já
consagrado pelo povo.
Logo após
a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do
Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário na época, padre
Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no Congresso pediram e
obtiveram do Papa Pio X, a graça de Nossa Senhora Aparecida ser declarada
Padroeira do Brasil.
O decreto
foi assinado pelo papa no dia 16 de julho daquele ano e a proclamação oficial
se deu no Rio de Janeiro, então Capital Federal, no dia 31 de maio de 1931,
perante uma multidão de fiéis, do Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas,
do Corpo Diplomático, de 25 bispos, do Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masela,
de autoridades civis e militares.
Dom Leme
conseguiu de Dom Duarte e do Cabido Metropolitano da Sé de São Paulo a licença,
que a principio lhe foi negada, para levar à capital da República a Imagem de
Nossa Senhora Aparecida.
O Missionário
Redentorista, padre Júlio Brustoloni descreve em seu livro ‘História de Nossa
Senhora Aparecida: A Imagem, o Santuário e as Romarias’ que naquele ano, a
Imagem foi conduzida, saindo de Aparecida no dia 30 de maio para o Rio de
Janeiro.
“A Imagem
deixou seu nicho e foi conduzida pelo povo de Aparecida até a Estação local.
Preces, lágrimas e emoção acompanhavam essa peregrinação histórica”, descreve
padre Júlio no livro.
A
publicação ainda relata que cerca de um milhão de pessoas foram prestar suas
homenagens à Padroeira naquele dia 31. De manhã, o ponto alto foi a Missa
Campal celebrada diante da Igreja de São Francisco de Paula, onde a multidão
cantou e rezou participando da eucaristia.
Mais
tarde, uma procissão conduziu a Imagem para a Praça da Esplanada do Castelo.
Junto do altar da Padroeira, encontrava-se o então presidente da república,
Getúlio Vargas, Ministros de Estado, autoridades civis, militares e
eclesiásticas. O Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella também esperava pela
Virgem de Aparecida junto ao povo.
Notícias
de jornais da época relatam que a imensa multidão repetiu com entusiasmo as
palavras da consagração da nação e do povo a Nossa Senhora, proferidas por Dom
Leme.
Era o Brasil que se consagrava à sua Senhora e Mãe:“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pátria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, O Brasil, em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, Salve Rainha!”
Após os
atos de consagração e prece, Dom Duarte levou a Imagem para o carro-capela, estacionado
na Estação Dom Pedro II com destino à Aparecida.
Na época,
o Superior Vice-Provincial, padre José Francisco Wand escreveu no livro de
ponto da paróquia que é absolutamente certo que o dia 31 de maio de 1931 seria
sempre um dos mais memoráveis na história eclesiástica da Terra de Santa Cruz.
“Este dia
significa para Aparecida o desenvolvimento grandioso das romarias”, afirmava a
mensagem.
Ainda nos
dias de hoje, o Santuário Nacional de Aparecida, local onde se encontra a
Imagem da Padroeira do Brasil, aos cuidados dos Missionários Redentoristas
acolhe centenas de romarias vindas de todas as partes do país.
Foto:
CDM- Centro de Documentação e Memória do Santuário Nacional
Com
informações: Catecismo Mariano
Texto retirado do site www.a12.com
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