Convidamos toda a comunidade de Cruzeiro do Sul para
o Terço em intenção a paz na Síria e no Oriente Médio às 12:00 h na Igreja
Matriz.
A Praça de São Pedro deverá de novo encher para ouvir Francisco neste
sábado ao fim da tarde, depois de o Papa ter lançado um apelo a todo o mundo,
incluindo a fiéis de outras religiões e ateus, para participarem numa jornada a
favor da paz.
A
mensagem de paz do Papa Francisco chegou aos vários cantos do mundo para que
neste sábado seja cumprido um dia de jejum e oração contra a guerra ou uma
solução militar na Síria. A acção culmina com uma vigília na Praça de São Pedro
presidida pelo Papa, que pronunciará apenas algumas palavras, fazendo alternar
o silêncio e a oração.
O apelo de Francisco foi lançado a
católicos e outros cristãos, mas também a fiéis de outras religiões e
ateus. Muçulmanos, budistas, judeus e ateus foram chamados a participar.
As respostas estenderam-se para lá do mundo cristão. O grande mufti da Síria,
líder dos sunitas sírios, pediu aos fiéis para responderem ao convite feito
pelo chefe da Igreja Católica.
O jejum é “uma prática à qual a
Igreja, como o judaísmo e o islão, é especialmente sensível”, disse pelo seu
lado à AFP o cardeal francês Etchégaray, que compara a iniciativa de Francisco
às iniciativas de mobilização da Igreja Católica em relação às guerras nos
Balcãs nos anos 1990 e contra a intervenção militar no Iraque em 2003. “O apelo
do Papa condensa o clamor que emana da única grande família que é a
humanidade”, acrescentou.
De Bagdad a Jerusalém, de Bombaim a
Buenos Aires, de Washington a Beirute e Paris, e passando pelas paróquias
locais, escreve a AFP, todas as pessoas com quem a Igreja Católica conta
transmitiram a mensagem enérgica do Papa Francisco contra a guerra depois de na
oração do Angelus ter dito: "Nunca o uso da violência trouxe paz."
“Nós ouvimos esta voz que se eleva do
mundo inteiro e somos tocados por esta cadeia de solidariedade desencadeada
pelo Papa”, disse o núncio apostólico em Damasco Mario Zenari, que estará na
catedral melquita em Damasco para uma vigília que juntará também muçulmanos e
ortodoxos.
A vigília pela paz presidida pelo Papa
na Praça de São Pedro neste sábado dura quatro horas, devendo começar às 17h
GMT (16h em Portugal). Durante o dia, em Assis, cidade do santo patrono da
paz, Francisco e ativistas laicos pela paz vão juntar-se aos irmãos do Convento
Sagrado de Assis.
A comunidade árabe de Itália anunciou
a sua participação na Praça de São Pedro a uma “oração muçulmana pela paz em
todo o Médio Oriente”. E vários pequenos movimentos sem qualquer ligação à
Igreja, incluindo o partido de extrema-esquerda, anunciaram apoio à iniciativa.
Esta semana, Francisco enviou
já uma carta ao anfitrião da cimeira do G20, o Presidente russo Vladimir
Putin, para pedir “do fundo do coração” aos líderes mundiais que renunciem a
uma solução militar na Síria.
O jornal Osservatore
Romano noticiou na
altura que a diplomacia do Vaticano accionou todos os canais, "com todos
os instrumentos possíveis", para fazer chegar o mais longe possível o
apelo do Papa, e multiplicaram-se as declarações de figuras que lhe são
próximas, como foi o caso do Superior Geral dos Jesuítas, a companhia de origem
de Francisco, que quebrou a reserva habitual para dizer que uma ofensiva contra
a Síria à margem da ONU "seria totalmente inaceitável" e "um
abuso de poder".
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