A encíclica Ad Caeli Reginam (Rainha do Céu), do Papa Pio XII, de 11 de outubro de 1954 trata sobre a Realeza de Maria e a instituição Festa de Nossa Senhora Rainha, celebrada a cada dia 31 de maio com o costume de coroar-se a imagem da Virgem e da recitação pública da Consagração do Gênero Humano ao Imaculado Coração de Maria. Nas palavras do Papa Pio XII: “Tudo isso nos incute grande esperança de que há de surgir nova era, iluminada pela paz cristã e pelo triunfo da religião.” Na mesma encíclica o Papa Pio XII escreveu: “Maria é Rainha não só por ser a Mãe de Deus, mas também por ter sido associada, pela vontade de Deus, a Jesus Cristo na obra da salvação. Isenta de qualquer culpa pessoal ou hereditária, e sempre estreitissimamente unida ao Filho, ela o ofereceu no Calvário ao Eterno Pai, sacrificando seu amor de mãe em benefício de toda a humanidade manchada pelo pecado. Por isso, assim como Jesus é Rei não só por ser o Filho de Deus, mas também por ser o nosso Redentor, assim pode-se afirmar que Maria é Rainha não só por ser a Mãe de Deus, mas também porque se associou a Cristo na redenção do gênero humano. “Maria participa da dignidade real – ensina Pio XII – porque desta união com Cristo Rei deriva para ela tão esplendente sublimidade, que supera a excelência de todas as coisas criadas. Desta mesma união com Cristo nasce aquele poder real, pelo qual ela pode dispor dos tesouros do Reino do Redentor divino”. O Reino de Maria é vasto como o de seu Filho, porque nada se exclui de seu domínio.”
O dia 22 de agosto era reservado à
homenagem ao Coração Imaculado de Maria. Mas, a Igreja desejando
aproximar a festa da realeza de Maria à da sua gloriosa ascensão ao
céu, inverteu estas datas a partir da última reforma do seu
calendário litúrgico em 1969.
Os Papas não cansaram de louvar
Maria como Rainha. Podemos elencar algumas citações dos sumos
pontífices sobre Maria Rainha:
Papa Sisto IV: “…Maria
uma “rainha sempre vigilante, a interceder junto ao Rei, que ela
gerou.” (Bula Cum Praeexcelsa, de 28 de fevereiro de 1476)
Paulo VI: escreve
sobre a Intercessão valiosa: a de Maria, Mãe da Igreja e “Rainha
da paz.” (Encíclica Christi Matri Rosarii, de 15 de setembro
de 1966.)
“ Maria é “aquela que,
sentada ao lado do Rei dos Séculos, resplandece como Rainha e
intercede como Mãe.( Marialis cultus)”
João Paulo II: “Maria,
serva do Senhor, tem parte neste Reino do Filho. A glória de
servir não cessa de ser a sua exaltação real: elevada ao céu, não
suspende aquele seu serviço salvífico em que se exprime a mediação
materna, “até à consumação perpétua de todos os eleitos”.
Assim, aquela que, aqui na terra, “conservou fielmente a sua união
com o Filho até à Cruz”, permanece ainda unida a ele, uma vez que
“tudo lhe está submetido, até que ele sujeite ao Pai a sua pessoa
e todas as criaturas”. (Encíclica Redemptoris Mater)
São Luis Maria Grignion de
Montfort, no seu Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem, previu o reino da Mãe de Deus na Terra. Animado de ardoroso
carisma profético, esse grande apóstolo marial previu que, ao ser
conhecida e posta em prática a devoção a Maria por ele ensinada, o
reino da Mãe de Deus estaria implantado na Terra. Em outras
palavras, ele já antevia o triunfo do Imaculado Coração de Maria,
por Ela prometido em 1917.
Assim exclama São Luis Grignion:
“Ah! Quando virá este tempo feliz em que Maria será
estabelecida Senhora e Soberana nos corações, para submetê-los
plenamente ao império de seu grande e único Jesus? Quando chegará
o dia em que as almas respirarão Maria, como o corpo respira o ar?
Então, coisas maravilhosas acontecerão neste mundo, onde o Espírito
Santo, encontrando sua querida Esposa como que reproduzida nas almas,
a elas descerá abundantemente, enchendo-as de seus dons,
particularmente do dom da sabedoria, a fim de operar maravilhas de
graça. Meu caro irmão, quando chegará esse tempo feliz, esse
século de Maria, em que inúmeras almas escolhidas, perdendo-se no
abismo de seu interior, se tornarão cópias vivas de Maria, para
amar e glorificar Jesus Cristo? Esse tempo só chegará quando se
conhecer e praticar a devoção que ensino. Ut adveniat regunum tuum,
adveniat regnum Mariae (Que venha o Reino de Maria, para que assim
venha o Reino de Jesus Cristo)!”.
Nas revelações de Fátima, podemos
confirmar as palavras de São Luis Grignion de Montfort “Que
venha o Reino de Maria, para que assim venha o Reino de Jesus Cristo”
: a Irmã Lúcia perguntou certa vez a Nosso Senhor, por que
não convertia a Rússia independemente da consagração dessa nação
ao Imaculado Coração de Maria, a ser feita pelo Santo Padre. Nosso
Senhor lhe respondeu: “Porque quero que toda a minha Igreja
reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado
de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção
ao meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração”.
Nossa Senhora Rainha, rogai por
nós!
Fonte: SÁ FREIRE, Rita de Cássia
Pinho França de. Mensagem de Nossa Senhora de Fátima: O Plano
Divino de Paz e Salvação – Editora Petrus, 2011.
Rita de Sá Freire – Associada da
Academia Marial de Aparecida
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