terça-feira, 16 de abril de 2013

Ano da Fé: Jesus morreu crucificado



É importante dizer que os judeus não são coletivamente responsáveis pela morte de Jesus. Até entre as autoridades religiosas não havia consenso. Podemos citar Nicodemos e José de Arimatéia como discípulos secretos de Jesus. Portanto, é injusto generalizar e colocar a culpa em todos os judeus. A Igreja sempre afirmou que foram os pecadores como tais os autores e como que os instrumentos de todos os sofrimentos pelos quais passou Cristo. E nós cristãos, se continuamos a pecar, temos uma responsabilidade maior ainda, já que professamos nossa fé nele, enquanto os judeus não. São Francisco de Assis chegou a dizer: “Os demônios, então, não foram eles que o crucificaram; és tu que com eles o crucificaste e continuas a crucifi cá-lo, deleitando-te nos vícios e nos pecados”. “Deus demonstrou seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8).

Não somente a morte na cruz, mas toda a vida de Cristo foi entrega ao Pai. Ele se fez o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. E não foi obrigado a isso. Fez livremente, por amor. “Ninguém tira a minha vida, eu a dou livremente” (Jo10,18). Na última ceia, quando Jesus instituiu a eucaristia, antecipou a oferta livre de sua vida. O que celebrou na última ceia na quinta feira, viverá de fato na sexta feira: entregará seu corpo e seu sangue. Por isso, a Eucaristia é o memorial do seu sacrifício, que Ele pede que seja perpetuado pelos seus apóstolos, que são instituídos como sacerdotes da nova aliança. Na eucaristia celebramos a morte e ressurreição de Cristo, o mistério pascal. A agonia no Horto das Oliveiras exprime o horror que a morte representa para a natureza humana. Isso mostra o quanto foi difícil para a natureza humana de Cristo, sem pecado, assumir a morte em nosso lugar. Mas Jesus tornou-se obediente ao Pai até a morte, e morte de cruz. Pai, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.

A morte de Cristo na cruz é o sacrifício único e definitivo. É único porque supera todos os outros, porque quem se ofereceu é o Filho único de Deus. Ele morreu não por alguns, mas por todos, uma vez que se encarnando assumiu toda a natureza humana pecadora. É definitivo porque ninguém nunca mais poderá oferecer um sacrifício como Ele e nem é necessário, já que o seu sacrifício redimiu o pecado de todos. Por isso, Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário