Foi o próprio Deus o primeiro a falar de Maria e a traçar-lhe um destino único. A sua sublime grandeza teve início na eternidade. Começou antes da formação do mundo. Desde o princípio, Maria esteve presente no pensamento do Eterno Pai, integrada à idéia do Redentor, de cujo destino fazia parte. Há muito que Deus respondeu à pergunta do incrédulo: “Que necessidade tinha Deus do auxílio de Maria?” Deus podia dispensá-la inteiramente como, aliás, ao próprio Jesus. Mas o plano de Deus para a nossa salvação incluiu Maria. Colocou-a ao lado do Redentor desde o momento em que decretou a existência d’Este. Foi mais longe: colocou-a no lugar de Mãe do Redentor, e, como consequência necessária, como Mãe de todas as criaturas que estavam no plano de salvação.
Maria ocupa, desta forma, desde a eternidade, uma posição elevada, única entre as criaturas, absolutamente incomparável com a mais sublime de entre elas, diferente na idéia divina, diferente na preparação recebida; e, por conseguinte, já distinta das demais criaturas na primeira profecia da Redenção, dirigida a Satã: “Eu porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua descendência e a dela; esta te esmagará a cabeça e tu procurarás picá-la ao calcanhar” (Gn 3,15). Eis a Redenção futura sintetizada pelo mesmo Deus. Maria ocupará, indiscutivelmente, o seu lugar; já antes de nascer, e depois de nascer, e para todo o sempre, ela é a inimiga de Satã; está abaixo do Salvador, mas junto d’Ele e semelhante a Ele (Gn 2,18), muito acima de todos os outros seres criados. Nenhum profeta, nem o Batista, está tão intimamente relacionado com Cristo; nenhum rei, nenhum chefe, apóstolo ou evangelista, mesmo Pedro e Paulo; nem o maior dos papas, dos pastores, dos doutores; nenhum santo, nem David, nem Salomão, nem Moisés, nem Abraão. Nenhum deles! Maria está acima de todas as criaturas que existirem através dos tempos, ela foi por Deus escolhida para Cooperadora na obra da salvação do gênero humano.
Fonte: Manual da Legião de Maria, pág. 270.
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