"Houve
um homem enviado por Deus: o seu nome era João. Veio dar testemunho da luz e
preparar para o Senhor um povo bem disposto a recebê-lo" (Cf. Jo 1,6s; Lc
1,17).
Meus queridos irmãos,
Celebramos nesta
segunda-feira, a Solenidade da Natividade de São João Batista, o precursor.
Aquele que anunciou o Batismo com água, antevendo que alguém – Jesus –
batizaria com o Espírito Santo. Assim a temática fundamental desta solenidade é
a Vocação. Todos nós somos chamados a sermos discípulos e missionários de Jesus
Cristo, anunciando-O a todos os recantos e dando testemunho de nossa fé
batismal. Desde o ventre materno, Deus nos escolheu para uma missão específica
e cândida: ser luz para as nações, para que sua salvação chegue a todas as
pessoas. A exemplo de São João Batista urge ter a consciência límpida da
própria missão. A mão poderosa do Senhor estava sobre o recém-nascido João
Batista, por isso, o povo hebreu se admira e se alegra com a criança, considerada
um profeta de Deus.
Meus caros irmãos,
Meus caros irmãos,
A Solenidade de São João
Batista sempre foi celebrada na Igreja levando em conta o Natal de Jesus:
exatamente seis meses antes. A vida e a missão de São João Batista estão
intimamente unidas à vida e à missão de Jesus. O nascimento de João Batista em
Ein Karem, hoje quase periferia de Jerusalém, vem envolto de mistério: filho de
mãe estéril e de pai de idade avançada, é considerado desde a concepção um dom
precioso de Deus e vem com uma missão divina. João Batista já não é só de sua
família carnal. Ele pertence ao povo de Deus e pelo seu nome, já querido por
Deus, tem uma missão de ser o arauto do Senhor Jesus. O nome do profeta é
significativo, pois João significa que “Deus faz misericórdia”. A misericórdia
de Deus, que tira o pecado do mundo, ou seja, a encarnação da divina
misericórdia, o Filho de Deus.
Batista, apelido que povo hebreu lhe deu e os Evangelhos canonizaram. Jesus o chama de Batista(Cf. Mt 11,11), os discípulos de João o chamam de Batista(Cf. Lc 7,20). Herodes Antipas o chama de Batista(Cf. Mc 6,14). Herodiádes o chama de Batista(Cf. Mc 6,24). Batista porque percorria toda a região do Jordão anunciando o batismo de conversão e ele próprio batizou Jesus de Nazaré(Cf. Mt 3,15) e contemplou no próprio Jordão a primeira epifania do Cristo: “Os céus se abriram, o Espírito de Deus desceu como uma pomba e pousou sobre ele, e do céu se ouviu uma voz que dizia ser Jesus o Filho muito amado do Pai”(Cf. Mt 3,16-17).
Batista, apelido que povo hebreu lhe deu e os Evangelhos canonizaram. Jesus o chama de Batista(Cf. Mt 11,11), os discípulos de João o chamam de Batista(Cf. Lc 7,20). Herodes Antipas o chama de Batista(Cf. Mc 6,14). Herodiádes o chama de Batista(Cf. Mc 6,24). Batista porque percorria toda a região do Jordão anunciando o batismo de conversão e ele próprio batizou Jesus de Nazaré(Cf. Mt 3,15) e contemplou no próprio Jordão a primeira epifania do Cristo: “Os céus se abriram, o Espírito de Deus desceu como uma pomba e pousou sobre ele, e do céu se ouviu uma voz que dizia ser Jesus o Filho muito amado do Pai”(Cf. Mt 3,16-17).
Irmãos caríssimos,
Muitas foram as maravilhas
operadas por Deus em São João Batista: sua concepção inesperada, sua exultação
no seio de Santa Isabel, sua mãe, quando a Virgem Maria, grávida de Jesus dela
se aproximou, sua pregação no deserto, sua vida humilde e austeramente
penitente, sua pregação profética nos caminhos do Rio Jordão, seu
reconhecimento do Senhorio de Jesus e de sua missão de Messias, sua humildade e
a sua profecia nos indicando os horizontes do Cristo Senhor. João, o maior
nascido de mulher, nas palavras de Jesus, foi destacado pela santidade e pelo
anúncio da chegada da plenitude dos tempos.
O nascimento de João Batista
significou para Isabel, que era tida publicamente como estéril, como uma
remissão e era preciso que todos soubessem que ela, a velha Isabel, não era
mais amaldiçoada, mas uma mulher privilegiadamente abençoada pela misericórdia
de Deus. A alegria pelo nascimento do Batista é uma recompensa de Deus pela
fidelidade de Zacarias, nas palavras do anjo: “Ficarás alegre e contente e
todos se alegrarão como seu nascimento”(Cf. Lc. 1,14). Para Zacarias o
nascimento de seu filho João foi o cumprimento da promessa divina,
principalmente ao recuperar a fala para confirmar o nome que o Anjo havia
pedido: E o menino chamou-se João e neste momento o Pai começa a louvar a misericórdia
insondável de Deus para com ele, para com Isabel e para com a sua casa.
Assim, celebramos pela
Palavra de Lucas, as duas dimensões de João Batista: a humana e a divina. A
dimensão humana com a alegria da família, dos parentes e dos vizinhos. Esta
família é abençoada. E a dimensão divina, quando o casal Isabel e Zacarias
obedecem ao anjo Gabriel, voz de Deus, e dão ao menino o nome de João, nome de
nenhum de seus parentes, mas indicativo da missão do menino, porque Deus está
com João Batista para cumprir a sua missão. Missão, conduzida pela própria mão
de Deus, que era de anunciar a chegada do Filho de Deus, o Messias esperado, o
Salvador do Mundo.
Meus irmãos,
Meus irmãos,
A Primeira Leitura nos
ensina que a Pertença a Deus faz de João uma nova realização do “Servo de
Deus”, um homem cuja palavra é como uma espada afiada, incômoda para quem não
quer saber de Deus em sua vida. A história de João prova isso. Hoje queremos
cantar o nosso hino de louvor a Deus por nos ter concedido um homem decidido,
João Batista. Isso, pois, são muitas vezes que as pessoas retas e intencionadas
nos ajudam a modificar os rumos de nossas existências. As palavras incômodas de
São João Batista nos fazem a ver com maior clarividência nossa situação. Neste
Sentido, João é luz, uma luz poderosa, embora ele não seja a luz definitiva,
mas antes, a testemunha da luz. João é luz, ou testemunha da luz, sobretudo por
ter apontado Cristo no meio da escuridão da humanidade incrédula. João Batista
encarna, por assim dizer, Elias, que era esperado voltar antes da “visita” de
Deus.
Por isso cantemos o
“Benedictus”, o canto de ação de graças de Zacarias quando do nascimento de seu
filho João(Cf. Lc, 1,68-79), pois a missão de João Batista continua necessária
e atual, pois a luz que ele pregou ainda não surgiu em todos os lugares, e
precisa ser anunciada nos lugares que carecem desta luz.
Em cada Santíssima
Eucaristia, o anúncio da Palavra de Deus repete o tema que o Batista fazia
ressoar às margens do Rio Jordão: "Convertei-vos!". A narrativa da Ceia
do Senhor, no centro da Oração Eucarística, é um trecho daquele evangelho que
nos deve levar também a perguntar com fé à igreja que no-lo propõe: "Que
devemos fazer?"(At 2,37). A resposta de Cristo, corpo-dado e sangue
derramado, é: "Fazei isto em memória de mim!". A vida e o martírio de
São João Batista são uma das inúmeras respostas-memorial que sempre sobem ao
Pai por Cristo, com Cristo e em Cristo.
Em nossa sociedade
pós-moderna parece que a luz do Cristo está ofuscada. Mas com João Batista,
vamos preparando os caminhos do Senhor, dando testemunho Dele pela vida e pela
missão. Toda a Igreja e todos nós somos convidados a mostrar que o Cristo
presente entre os homens e as mulheres é o mesmo que nos chama a viver a
solidariedade, o amor e a alegria de servir e acolher a todos para o aprisco do
Cristo. Amém!
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