Abaixo de Deus, é sobre a devoção a Maria, “maravilha inefável do Altíssimo” (Pio IX), que a Legião se fundamenta. Mas qual a posição de Maria em relação a Deus? Como todos os mortais foi tirada do nada; e embora Deus a sublimasse a um “estado de graça imenso e inconcebível”, diante do Criador Ela não passa do nada. Na verdade ela é, por excelência, a Sua criatura porque Ele a trabalhou mais que nenhuma outra. Quanto mais Deus opera maravilhas em Maria, tanto mais Ela se torna obra das Suas mãos.
Que
grandes prodígios não realizou em seu favor!
Com
a ideia do Redentor, ela esteve presente no pensamento de Deus desde
toda a eternidade. Associou-a aos secretos desígnios dos Seus planos
de graça, tornando-a a verdadeira Mãe do Seu filho e daqueles que a
Seu Filho estão unidos. Fez todas estas coisas porque, em primeiro
lugar, Ele receberia de Maria, um ganho superior ao de todas as
criaturas reunidas; e ainda porque estava, no Seu plano, de maneira
inatingível às nossas pobres inteligências, aumentar por este
meio, a glória que de nós próprios havia de receber. Assim, a
oração e o serviço amoroso com que testemunhamos a nossa gratidão
a Maria, nossa Mãe e auxiliadora da nossa salvação, não podem
representar prejuízo para Aquele que assim a criou. O que damos a
Maria não vai menos direta e inteiramente para Ele; não apenas é
transmitido na sua integridade, mas acrescentado com os méritos da
intermediária. Maria é mais do que uma fiel mensageira. Constituída
por Deus, elemento vital do Seu plano de misericórdia, a sua
presença acrescenta ao mesmo tempo, a glória de Deus e a nossa
graça.
Assim
como foi do agrado do eterno Pai receber por intermédio de Maria, as
homenagens que Lhe são dirigidas, assim se dignou, por Sua grande
misericórdia, escolher Maria para ser o canal pelo qual serão
derramadas sobre a humanidade as diversas demonstrações da Sua
onipotência e generosa bondade, começando pela causa de todas elas
– a segunda Pessoa divina, encarnada, nossa verdadeira vida, nossa
única salvação.
“Se quero tornar-me dependente da Mãe é
para me tornar o escravo do Filho. Se desejo tornar-me sua
propriedade é para prestar a Deus com mais segurança, a homenagem
da minha sujeição” (Sto. Ildefonso).
Fonte: Manual da Legião de Maria, pág. 18.
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